O Chez Gladines é um restaurante basco que fica na boêmia Butte-aux-Cailles e que serve uma comida farta e relativamente barata para os padrões parisienses. Seu cardápio é baseado em saborosos pratos e vinhos típicos da região sudoeste e do país basco. O ambiente é jovem, descontraído e barulhento. Guardando as devidas diferenças, o Chez Gladines é o meu Jobi em Paris.
O restaurante também é conhecido por suas saladas individuais servidas em bacias imensas e é muito frequentado pelos residentes da Cité Internationale Universitaire de Paris, onde fica a Maison du Brésil (que por sinal está completando 50 anos este ano) e outras 40 residências que, conjuntamente, reúnem cerca de 5.000 estudantes de quase todos os cantos do planeta.
É incrível como o restaurante consegue garantir um serviço simpático e eficiente, mesmo com apenas duas pessoas servindo e uma terceira no bar.
Isto sem contar que o restaurante está sempre lotado, inclusive os corredores, o que dificulta ainda mais o trabalho dos pessoal da casa, que apesar de tudo, está sempre de bom humor e com o sorriso aceso. Lembro-me perfeitamente de uma das primeiras vezes em que estive no Chez Gladines, quando praticamente levei um pito do gerente na hora do até logo, pois eu me despedira com o sorriso desligado. É, parece que no tange os dentres à mostra, o pessoal da casa exige reciprocidade dos clientes. Tá certo.
O restaurante não faz reserva e nos dias mais cheios, uma mesa grande pode levar mais de uma hora para ser acomodada, o que não é nada se comparado a alguns restaurantes em Paris cujas reservas são feitas com meses de antecedência – só não me pergunte quais, pois eu, felizmente ou infelizmente, não frequento este tipo de lugar.
No Chez Gladines é necessário deixar o nome no bar, e as pessoas são instaladas por ordem de chegada. Para se evitar a angústia da espera e para não precisar forçar o sorriso depois, o lance é prever a fome, ou ainda evitar os horários de pico, entre 20h e 22h3o, sobretudo se a mesa for para mais de 4 pessoas. Outra solução é simplesmente relaxar e ficar tomando uma cerveja na porta, com a rapaziada que lota a calçada, lembrando um pouco o Baixo Gávea - olhem aí mais um exemplo de comparação que não existiria sem a saudade.
Há um outro porém que pode desagradar aos que estão acostumados com os cafés de Paris, onde o simples consumo de um expresso permite que se permaneça o dia inteiro sentado na mesma mesa: no Gladines, ao retirar o prato, o garçom pergunta pela sobremesa e, face a uma negativa, propõe o tradicional café, trazendo a conta em seguida. Se o cliente insistir em ficar, ele explica gentilmente o óbvio, ou seja, que tem a maior galera esperando, faminta, a sua vez. Para quem prefere comer com calma, o lance é chegar perto do fechamento da cozinha - não me lembro dos horários da tarde, mas durante o jantar, a cozinha abre às 19h30 e fecha no mínimo à meia-noite, todos os dias, fora quarta e sábado, quando fecha à uma hora da matina, o que é bastante raro em Paris. Também não estranhe se você tiver que dividir a mesa, praxe do local que muitas vezes resulta em encontros interessantes. Ah, pagamento apenas em cheque ou dinheiro.
Quem vier a Paris só para ir ao Chez Gladines, para não haver fustração, como no caso do meu amigo Aldo, deverá se informar sobre o período de férias, por volta de julho e agosto, quando o restaurante fecha as portas, como boa parte do comércio em Paris.
Apesar dos pesares, o lugar paga a pena. Bom, sou suspeito para falar, pois passo lá pelo menos uma vez por semana, além de ter compelido gentilmente os cerca de 80 amigos que tive o prazer de hospedar em Paris, a irem conhecer o restaurante. E todos, sem exceção, curtiram muito o programa.
O restaurante também é conhecido por suas saladas individuais servidas em bacias imensas e é muito frequentado pelos residentes da Cité Internationale Universitaire de Paris, onde fica a Maison du Brésil (que por sinal está completando 50 anos este ano) e outras 40 residências que, conjuntamente, reúnem cerca de 5.000 estudantes de quase todos os cantos do planeta.
É incrível como o restaurante consegue garantir um serviço simpático e eficiente, mesmo com apenas duas pessoas servindo e uma terceira no bar.
O restaurante não faz reserva e nos dias mais cheios, uma mesa grande pode levar mais de uma hora para ser acomodada, o que não é nada se comparado a alguns restaurantes em Paris cujas reservas são feitas com meses de antecedência – só não me pergunte quais, pois eu, felizmente ou infelizmente, não frequento este tipo de lugar.
Há um outro porém que pode desagradar aos que estão acostumados com os cafés de Paris, onde o simples consumo de um expresso permite que se permaneça o dia inteiro sentado na mesma mesa: no Gladines, ao retirar o prato, o garçom pergunta pela sobremesa e, face a uma negativa, propõe o tradicional café, trazendo a conta em seguida. Se o cliente insistir em ficar, ele explica gentilmente o óbvio, ou seja, que tem a maior galera esperando, faminta, a sua vez. Para quem prefere comer com calma, o lance é chegar perto do fechamento da cozinha - não me lembro dos horários da tarde, mas durante o jantar, a cozinha abre às 19h30 e fecha no mínimo à meia-noite, todos os dias, fora quarta e sábado, quando fecha à uma hora da matina, o que é bastante raro em Paris. Também não estranhe se você tiver que dividir a mesa, praxe do local que muitas vezes resulta em encontros interessantes. Ah, pagamento apenas em cheque ou dinheiro.
Apesar dos pesares, o lugar paga a pena. Bom, sou suspeito para falar, pois passo lá pelo menos uma vez por semana, além de ter compelido gentilmente os cerca de 80 amigos que tive o prazer de hospedar em Paris, a irem conhecer o restaurante. E todos, sem exceção, curtiram muito o programa.