quarta-feira, 17 de março de 2010

Acorda bamba, se liga malandro, desperta esperto!

Assim começa o álbum único do grupo carioca Acorda Bamba que, em meados dos anos 90 , encantou o Rio com suas letras, melodias e arranjos originais e de qualidade e que antecipavam a explosão súbita de bandas e casas de forró, samba e choro que iria acontecer nos anos seguintes na cidade.

Eu particularmente era (e ainda sou) fã desta e de outras bandas, como Boato, Farofa Carioca e Pedro Luís e a Parede, cada uma com um estilo e uma estética original, porém todas com muita qualidade. Lembro de shows inesquecíveis, entre eles um do Acorda Bamba no dia 25 de agosto de 97. A data está marcada ao fim de umas linhas que escrevera então, inspirado pelo clima e pelo ambiente maravilhoso proporcionado pela música e pela beleza do lugar onde fora o show.

Uma noite, bela e fria

No Largo das Neves

Música e poesia

Choro, forró e samba

Chega mais galera

Tá rolando Acorda Bamba

Ontem tive o privilégio de ver um reencontro maravilhoso entre os músicos desta banda, que se reuniram após um longo tempo para um show no Centro Cultural Carioca. E também o reencontro da banda com seu público e com outros músicos, como Gabriel Moura do Farofa Carioca; Beto Valente, Rodrigo Cabelo e Justo do Boato; e Tereza Cristina. Muita saudade daquela época, como disse em lágrimas, no palco, a bela voz da sambista carioca, para quem a banda teve uma importância particular, segundo ela própria.

Emoção, nostalgia e alegria foram a tônica de uma noite maravilhosa de chuva, que por sinal aumentou de intensidade justamente durante a música Chove na Roseira.

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