sábado, 14 de agosto de 2010

in the air


Ele tinha crises pontuais: sentia tanto amor, por tudo e por todos, que visualizava o sentimento extravasando pelos seus poros. Felizmente, estas crises eram raras e duravam poucos segundos.

Também passou a desenvolver técnicas especiais. Sua preferida era a cruzar as pernas e de apoiar o cotovelo no braço das cadeiras dos aeroportos (que frequentava com certa assiduidade) , apoiando em seguida o rosto no punho fechado. De óculos escuros, conseguia dormir a ponto de sonhar. Até que um belo dia perdeu um vôo, com o cartão de embarque no bolso da camisa. Não desistiu. Mas passou usar alarme antes de dormir.

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